Uso de contraceptivos nos dias atuais é de grande eficácia e segurança para prevenção de uma gravidez indesejada. A liberação de hormônios contida em alguns deles tem a ação de inibição da ovulação, sendo esse consequentemente o objetivo de não engravidar.
O leque de opções que temos hoje é de uma variedade muito significativa e abrangente, desde pílulas (uso oral) sendo mais tradicionais e de primeira opção, até implantes onde há a liberação do hormônio na corrente sanguínea (sub dérmico), método mais moderno. Com o avanço da tecnologia, das informações e pesquisas os métodos conseguem atender todos os casos e expectativas, porque cada caso é um caso, não é mesmo?
A maioria contem hormônios, e com isso os efeitos colaterais aparecem e não são nem um pouco agradáveis, surgindo náuseas, vômitos, dores de cabeça (cefaleia), mudanças de humor, ganho de peso, entre outros. Muitas mulheres optam por métodos “menos tradicionais”, assim não precisam passar por todo o processo de efeitos colaterais.
Existe hoje métodos que podem ser reversíveis, apenas por determinado tempo, de acordo com o que a mulher precisa. E outros irreversíveis quando já existe uma certeza de que não terá ou não quer ter filhos. Vamos conhecer os métodos contraceptivos e suas eficácias:
Anticoncepcional oral e sua eficácia
A pílula anticoncepcional oral (método mais comum), tem a função de inibir a liberação do hormônio responsável pela ovulação; ele também pode afetar a mucosa do útero, causando espessamento do muco cervical, deixando impermeável aos espermatozoides.
É o método mais comum e de primeira opção em uma consulta ginecológica quando o assunto é entrar com algum método contraceptivo. O anticoncepcional oral pode ser iniciado em qualquer momento da vida da mulher.
Sua eficácia corresponde há uma eficiência alta, o índice de falha é de apenas 0,1%, se tomada de forma correta e sem esquecimentos.
Quando a mulher que passou pelo médico vai iniciar o tratamento o anticoncepcional precisa ser iniciado no primeiro dia da menstruação, para regularidade do ciclo e que o medicamento faça o efeito esperado.
Geralmente a tomada desse anticoncepcional é de 21 ou 24 dias, todos os dias no mesmo horário; após a tomada da cartela completa é feita uma “pausa” (varia do medicamento o numero de dias, podendo ser de 4 à 7 dias); durante esse período sem a tomada, ocorre o sangramento (menstruação).
ÍNDICE MÉDIO DE FALHA: 90 em cada 1000 mulheres engravidam.
Anticoncepcional injetável e sua eficácia
O uso do anticoncepcional injetável geralmente é uma opção mais facilitada para mulheres com uma rotina mais agitada, que acabam optando pelo uso, por conta do possível esquecimento.
Existe duas formulações: uso mensal (30 dias) e o de uso trimestral (90 dias). Vamos explicar um pouquinho melhor sobre cada uma:
MENSAL
Como sua apresentação já diz, a injeção é tomada a cada 30 dias. A paciente pode se dirigir a qualquer drogaria com a prescrição (receita) em mãos e solicita a aplicação do medicamento. A administração é feita por via intramuscular (IM) na região do quadrante do glúteo.
O ciclo menstrual será normal no mês, não tendo a sua menstruação interrompida.
O inicio do tratamento é feito após a consulta, como em bula a paciente é orientada que a 1º tomada seja feita no primeiro dia da menstruação, a próxima devera ocorrer no 30° dia a contar do ultimo dia que foi aplicada. Sendo assim, se repetindo sempre a cada 30 dias.
O contraceptivo injetável pode ser interrompido caso a mulher deseje engravidar, com o período de 30 dias sem a medicação, já ocorre normalidade na fertilidade.
TRIMESTRAL
Administrada a cada 90 dias também por via intramuscular (IM) na região do glúteo, a paciente se dirige ate uma drogaria para tomada com receita em mãos.
É um anticoncepcional que por ser apenas um hormônio (progesterona), pode ser tomada por lactantes.
A diferença do anticoncepcional mensal para o trimestral é que a mulher não menstrua; indicado também para pacientes que são diagnosticadas com endometriose por cessar o ciclo menstrual.
ÍNDICE MÉDIO DE FALHA: 3 em cada 1000 mulheres engravidam.
Adesivo anticoncepcional
Método não muito utilizado, na verdade não é um dos métodos tão comum quanto aos outros mais tradicionais. Existindo sim uma porcentagem de mulheres que optam pelo uso do adesivo por sua praticidade de certa forma.
O adesivo precisa ficar aderido ao corpo da mulher por 1 semana, o uso é simples, pode ser colocado em diversas partes do corpo (braço, barriga, costa ou nas nadegas);
Na caixa do medicamento contem 3 adesivos, sendo 1 adesivo por semana, totalizando 3 semanas de uso e 1 semana restante de pausa.
O primeiro uso, quando vai iniciar o tratamento com o anticoncepcional é indicado ser aplicado no 1° dia da menstruação.
Caso o adesivo saia do lugar em menos de 24 horas, pode se usar o mesmo, se não aderir fazer o uso de um novo, para não ter perda da eficácia.
ÍNDICE MÉDIO DE FALHA: 10 em cada 1000 mulheres engravidam.
Diu e sua eficácia
Um método contraceptivo de longo prazo, o dispositivo tem formato de T, e é inserido no útero, tem como função o “bloqueio” para que os
espermatozoides não tenham contato com o ovulo.
É indicado para mulheres que buscam uma solução reversível, ou que não possa, tomar a pílula anticoncepcional por haver alguma contra indicação.
Existem dois tipos de Diu, o hormonal e o de cobre, para saber qual é o mais indicado é necessário uma análise junto médico para saber qual será o dispositivo é o mais ideal para a paciente, afinal, existem inúmeras dúvidas sobre a inserção do do DIU e muitos mitos, mas vamos explicar aqui esclarecer algumas dessas duvidas.
Como e feita a inserção?
A colocação é feita no consultório médico, com duração máxima de 30 minutos.
A paciente se deita na maca, ficando em posição ginecológica (pernas flexionadas e afastadas) para que o exame seja feito. A assepsia da região é feita, limpando o colo do útero, para não ter o risco de ocorrer infecções.
O médico analisa o tamanho e a posição do útero, faz uma medição para saber a profundidade e direção do útero. Assim, quando tudo já foi feito, acontece a inserção do DIU.
Quais os tipos de DIU?
DIU HORMONAL:
Dispositivo com liberação de hormônio, ajuda na redução do fluxo menstrual, e ajuda em cólicas que consequentemente aparecem quando há o período menstrual. O Diu hormonal permanece no lugar por aproximadamente 5 anos, sendo um dos métodos mais eficazes.
ÍNDICE MÉDIO DE FALHA: 3 em cada 1000 mulheres engravidam.
DIU DE COBRE:
Libera íons que imobilizam o esperma, dificultando a fecundação. Não possuindo hormônio em sua composição, possui menos efeito colateral no corpo da mulher.
É o método mais escolhido entre as mulheres que preferem fazer o uso do DIU, por não possui hormônio, tendo sua eficácia em 99,4%.
ÍNDICE MÉDIO DE FALHA: 6 em cada 1000 mulheres engravidam.
Implanon e sua eficácia
O implanon é o único implante aprovado no Brasil, com liberação da ANVISA. É um método moderno e com grande escala de eficácia.
Tem sua ação prolongada e é um método de ação reversível, sua duração é de 3 anos. Trata se de um pequeno bastão de silicone de 4cm por 2mm de espessura; o implante é colocado no braço da paciente , onde contem o hormônio etonogestrel, semelhante a progesterona, encontrado em alguns métodos contraceptivos tradicionais, mais conhecidos.
Libera continuamente o hormônio. Sua ação é a inibição da ovulação, onde ocorre a alteração do muco cervical, impedindo os espermatozoides.
Após um dia da implantação o Implanon já começa a ter sua ação de inibição das ovulações, mas os médicos orientam um período maior de segurança para a mulher. Como sua ação é reversível, ele também tem uma ação rápida caso a mulher decida tira-lo, assim em pouco tempo a mulher já começa ovular e volta ao seu ciclo menstrual. Podendo então engravidar.
Considerado um dos métodos mais seguros do mercado, pois possui apenas um hormônio. A maioria dos anticoncepcionais é composto por um hormônio e um estrogênio, o estrogênio é contra indicado a mulheres que tem uma pré-disposição à trombose, sendo assim, o Implanon é um método extremamente seguro por possuir apenas a progesterona. Sua contra indicação é apenas para mulheres que tiveram câncer de mama.
O risco de falha é de 0,05% como descrito na literatura, seria de que a cada 10 mil mulheres, 5 não teria ação. Sua eficácia ultrapassa os 99%.
Como é um método muito eficaz e seguro, é uma ótima escolha como primeira opção à adolescentes que introduzem um anticoncepcional na vida.
O lugar onde é implantado é na região de dentro do braço, logo abaixo da pele, tendo um mecanismo para inserir o chip como se fosse uma agulha, é feito uma anestesia local para a inserção.
ÍNDICE MÉDIO DE FALHA: 5 em cada 10.000 mulheres engravidam.
Muito bom o conteúdo e seus comparativos, não tinha esses dados.
Obrigado pelas informações.