Que tal conversarmos sobre a puberdade precoce?

Sim, muitas crianças sofrem com a antecipação dessa fase (puberdade), ocorrendo anos antes do que se estabeleceu como “normal”. Por conta de todos os avanços que temos hoje no mundo, tudo se tornou mais acelerado e precoce, não é mesmo?
Podemos perceber isso no desenvolvimento das crianças; se comparamos crianças nascidas na década de 90 (que nem está tão longe assim), com crianças já nascidas nos anos 2000, percebemos o quanto são gerações diferentes, em meios tecnológicos, em desenvolvimento educacional, em hábitos saudáveis, entre outros.

Com tudo isso acontecendo, uma série de mudanças se desenvolveram com o tempo e claro que precocemente aconteceu a chegada da fase adulta para uma porcentagem significativa de crianças.

A puberdade precoce é considerada quando os sintomas são diagnosticados antes do período esperado; nas meninas se acontecer antes dos 8 anos de idade, já se caracteriza como puberdade precoce e nos meninos antes dos 9 anos, por serem mais tardios nos desenvolvimentos do que as meninas.

A causa acontece por conta do aumento precoce dos hormônios dos quais são responsáveis pela puberdade, os sexuais. Ainda é desconhecido o porquê esses hormônios aumentam, podendo ser pela exposição por algum hormônio (medicamento), ou a produção voluntária desses hormônios por algum motivo que ainda não se sabe.

Muito se fala sobre a substância de bisfenol A, encontrado em diversas embalagens, plásticos, latas de refrigerantes, garradas de plástico, latas de conservas, por exemplo. E se essas embalagens se submeterem à altas temperaturas, pode ocorrer a “contaminação” dessa substância no alimento que está embalado, podendo assim ser ingerido pelo humano.
Com isso diversos efeitos colaterais podem surgir, em caso de ingestão, um deles são as alterações hormonais. O que pode também ser uma explicativa para a alteração hormonal e a puberdade precoce.

Existem algumas consequências sobre a puberdade precoce, seriam elas o psicológico da criança, baixa estatura quando adulto, maior risco de obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, entre outros.

O tratamento é variável, dependendo muito de sua causa. Quando é sobre a puberdade precoce central que seria a mais “comum”, se faz o uso de injeções de um hormônio, mensal ou trimestral, que faz a puberdade regredir. Essa medicação também funciona como um freio no desenvolvimento do esqueleto, melhorando assim a estatura final da criança que faz o uso da medicação.
A duração do tratamento fica por volta de até os 12 anos de idade óssea, após esse período ocorre a suspensão do uso das injeções, assim o corpo começa a se desenvolver sozinho no tempo certo. E claro, sempre com acompanhamento médico.